A gestão do conhecimento e a sua importância na contemporaneidade

O conceito de Gestão do Conhecimento
Falcão e Bresciani Filho (apud CARBONE, 2009, p.82) definem a gestão do conhecimento como o “processo pelo qual uma organização consciente e sistematicamente coleta, organiza, compartilha e analisa seu acervo de conhecimento para atingir seus objetivos”. A gestão do conhecimento deve ser praticada pelas organizações, pois, a gestão desse ativo tão importante de acordo com Sveiby (1998, p.3) “[...] não é mais uma moda de eficiência operacional. Faz parte da estratégia empresarial”.
Toda organização busca alcançar suas metas, e para que isso aconteça, durante o desenvolvimento das atividades, os colaboradores utilizam sua capacidade intelectual e conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas, entretanto, para que as atividades sejam executadas com mais eficiência e eficácia faz-se necessária a gestão do conhecimento.
Fleury (2002) e Lara (2004) destacam que a gestão do conhecimento dentro das organizações visa fornecer ou aperfeiçoar a capacidade intelectual existente na empresa. Para as pessoas que participam do processo decisório, tal ferramenta estratégica dissemina e aplica o conhecimento determinando o sucesso da empresa.
A Gestão do Conhecimento é o processo pelo qual a informação recebe o tratamento adequado, desde a sua captação até a sua transformação em conhecimento e aplicação, para atingir os objetivos de uma organização.
A importância da Gestão do Conhecimento
Lara (2004, p.27) afirma que, na era pós-industrial, o sucesso das empresas situa-se mais em suas capacidades intelectuais e sistêmicas do que nos ativos físicos. A capacidade de gerenciar o intelecto humano e de convertê-lo em produtos e serviços úteis transforma-se rapidamente na habilidade executiva crítica de nossa era.
De fato, o conhecimento a cada dia torna-se o protagonista no cenário estratégico das organizações, e é perceptível que os investimentos que são realizados em ativos intangíveis crescem com maior celeridade do que os investimentos aplicados nos ativos tangíveis.
Desse modo, as empresas deveriam investir mais nos ativos intangíveis, através de capacitação, treinamento e utilização de ferramentas que auxiliem o desenvolvimento do capital intelectual dos colaboradores do que em máquinas. As máquinas, computadores e recursos tecnológicos são importantes, entretanto tais recursos devem ser utilizados por pessoas que irão operá-las de maneira mais eficiente e eficaz para a empresa, e essas pessoas são as que possuem conhecimento.
Vive-se em uma época em que transformações ocorrem continuamente tornando o ambiente cada vez mais complexo e exigindo cada vez mais inovação por parte das organizações e dos indivíduos. Carbone (2009, p.38) afirma que “[...] entra em cena o conhecimento humano, aplicado no contexto empresarial visando à oferta de soluções para problemas concretos, e que não se desgasta com o uso, mas que se renova e se potencializa, o que permite a geração dinâmica de inovações”.
Fleury (2002, p.133) relata que “organizações que enfrentam condições de incerteza, ambientes em mudança e intensa competição devem ser capazes de aprender e, ao fazê-lo, desenvolver novos conhecimentos”. A gestão do conhecimento aumenta a capacidade das organizações lidarem com um ambiente tão imprevisível e auxilia a organização a extrair conhecimento em meio às dificuldades.
As organizações, que desejam sobreviver e permanecer no mercado globalizado e competitivo, precisam aprimorar sua forma de gerenciar o conhecimento e precisam estimular os colaboradores a sempre buscarem mais conhecimento e compartilhá-lo. Lara (2004, p.26) nos adverte que “para sobreviver no mercado de trabalho ou mesmo só para atuar na sociedade em geral, o indivíduo é obrigado a assimilar um número de conhecimentos que se amplia a cada minuto”.
Não existem organizações sem o elemento humano, e é dentro do elemento humano que reside o ativo que precisa ser mais valorizado e gerenciado nas organizações para que agregue valor financeiro e intelectual: o conhecimento. De acordo com Lara (2004, p.99), “o conhecimento está se tornando uma nova moeda comercial, a propriedade intelectual, um ativo corporativo e o patrimônio mais importante de uma empresa. A necessidade de se extrair o máximo valor do conhecimento é muito maior nos dias atuais do que no passado, a era é da ‘economia baseada no conhecimento’”.
A gestão do conhecimento cria boa parte do valor da nova economia, além de oferecer redução de custos e rapidez aos processos. Tais benefícios e outros são visíveis conforme cita Lara (2004, p.125): “Esses benefícios com certeza aparecerão sob a forma de medidas como redução de prazos, melhor retorno de recursos, melhores índices de satisfação com os produtos e maiores níveis de formação dos funcionários”.
REFERÊNCIAS:
CARBONE, Pedro Paulo et al. Gestão por competências e gestão do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
FLEURY, Maria Tereza Leme. As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002.
LARA, Consuelo Rocha Dutra de. A atual gestão do conhecimento: a importância de avaliar e identificar o capital intelectual nas organizações. São Paulo: Nobel, 2004.
SVEIBY, K. E.. A nova riqueza das organizações – Rio de Janeiro: Campus, 1998.
Klever Corrente
Bacharel em Administração pela Faculdade Jesus Maria José (2013), Licenciado em Pedagogia (2015), especialista em Gestão Escolar (2015) e em Docência do Ensino Superior (2016) pela Faculdade IESA. Foi professor substituto na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEDF, e atualmente é docente no Instituto Federal de Brasília - IFB, com ênfase na educação profissional e tecnológica, lecionando nos temas referentes ao eixo tecnológico gestão e negócios.

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