Muitos brasileiros estão apelando para uma vocação latente para uns e nem tanto para outros: O empreendedorismo. Aqueles que ainda podem e conseguem, empreendem nas horas vagas entre um emprego ou outro. A ideia é agregar rendimentos para superar a tempestade que insiste em cair e a ventania que não passa. Em outros casos, desempregados e excluídos da população economicamente ativa montam informalmente seus ‘espetinhos’ em frente de suas casas, montam doces, pães, salgados, entre tantas outras possibilidades de buscar um ‘troco’ a mais.
É
notório que o cenário econômico do país não nos suscita tranquilidade:
Aumento do desemprego, volta da inflação, diminuição da renda, queda na
produção industrial, no comércio, nos serviços, dólar em alta, bolsa de
valores em baixa, desvalorização de imóveis, descoberta de escândalos de
corrupção em todas as esferas do poder diariamente, enfim,
tranquilidade, definitivamente, não resume o momento atual do Brasil.
E o que fazer?
Muitos brasileiros estão apelando para
uma vocação latente para uns e nem tanto para outros: O
empreendedorismo. Aqueles que ainda podem e conseguem, empreendem nas
horas vagas entre um emprego ou outro. A ideia é agregar rendimentos
para superar a tempestade que insiste em cair e a ventania que não
passa. Em outros casos, desempregados e excluídos da população
economicamente ativa montam informalmente seus ‘espetinhos’ em frente de
suas casas, montam doces, pães, salgados, entre tantas outras
possibilidades de buscar um ‘troco’ a mais. O problema reside na falta
de orientação e na falsa convicção de que boa vontade e trabalho duro
são suficientes. São fundamentais mas, não suficientes. Para estes,
recomenda-se o trabalho sério e competente do SEBRAE, que poderá os
orientar e auxiliar com elaboração de planos de negócios, informações de
mercado, consultorias, inclusive, in loco. Mas, lembremos que
muita oferta é sinônimo de alta competitividade, margens reduzidas e,
se não houver um bom planejamento, vantagens competitivas sustentáveis e
um capital de giro razoável, o resultado fatalmente será a morte
precoce de muitas empresas ou indo mais além, o fim de muitos sonhos.
Favorável? Infelizmente também não.
As três mais conceituadas agências de classificação de riscos do mundo, Fitch, Standard & Poors e, por último nesta semana, a Moody’s,
rebaixaram a posição do país em relação ao seu grau de investimento, ou
seja, uma condição que endossa o país em relação aos investimentos que
pode ou não receber considerando a credibilidade de seu respectivo
governo. Hoje nossa dívida pública representa 66,2% do PIB, que é a
soma de todas as riquezas produzidas pelo país. A tendência, segundo a Moody’s,
é que chegue a superar a marca dos 80% em 3 anos. Só para que tenhamos
uma ideia comparativa, a Bolívia tem 32% de dívida em relação ao seu
PIB, pontuação superior à brasileira e com viés de estabilidade. O
Paraguai, por sua vez, tem 19% do seu PIB comprometido com a dívida
pública, pontuação também superior à do Brasil e com viés de alta, ambos
oferecem. segundo às agências, menos risco de investimento do que o
Brasil, considerando o ranking de classificação de risco (Fonte:
tradingseconomics.com).
Em outras palavras, o Brasil e nós, seus avalistas, tivemos o nome incluído no ‘SPC Mundial’.
Sim, nós somos seus avalistas, afinal, nós demos emprego aos nossos
gestores públicos, nossos governantes, portanto, somos ‘devedores
solidários’ pelo que fazem em ‘nossa empresa’ e com os recursos de
‘nossa empresa’. O governo que, por sua vez, é o maior empregador do
país, arrecada muito, mas gasta mal, sem prioridades e com desvios
hediondos, o que o torna um mau pagador.
Resultado? Nome sujo mesmo. E o pior: Todos
iremos pagar essa conta, querendo ou não, com mais tributos, menos
investimentos estrangeiros, juros bancários mais altos ainda, mais
desemprego, menor produção e atividade industrial, enfim e, de fato,
teremos mais ‘espetinhos’ nas esquinas do país.
O governo se defende, alegando
que as agências não consideraram o ‘esforço’ empreendido para pagar as
contas e enxugar as despesas. Ora, convenhamos, que credor ‘generoso e
complacente’ é esse que considera os esforços do devedor como critério
para não negativar um trabalhador fora do mercado e com dívidas
acumuladas na praça?
Nos resta aprender a empreender e continuar
trabalhando duro, formal ou informalmente, de maneira ilibada e com
resignação, à espera de um céu de brigadeiro, que há de vir.
E por falar em brigadeiro: Aceitam trufas caseiras, senhores?
Túlio Barbosa
Tenho 38 anos e estudei Psicologia na
Universidade Federal de Rondônia e Administração na Federal de Mato
Grosso. Consultor independente. Expertise de 20 anos atuando em
multinacionais na área comercial, todas líderes de mercado em seus
respectivos segmentos. Atuo, no momento, como Gestor de Unidade no
segmento de locação de módulos metálicos e toaletes portáteis.
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