Processo educacional que gera comportamentos empreendedores


Muito tem se falado ultimamente sobre a grande transformação comportamental necessária às pessoas que, de alguma forma, sentem-se aprisionadas por um sentimento de estagnação e continuísmo em relação a decisões tomadas, especialmente, mas não limitada, àquelas relacionadas ao campo profissional e que notoriamente faz algumas pesquisas relatarem fatos do tipo: se tivessem condições, um percentual elevadíssimo de brasileiros empreenderiam esforços para criarem seus próprios negócios ou empresas. Pois muito bem, vamos falar sobre essa transformação comportamental que toma nossos olhos, pensamentos e desejos a cada leitura diária realizada nos meios de comunicação eleitos por nós mesmos como contribuinte maior a nosso próprio desenvolvimento pessoal.

Já que todo e qualquer processo de comunicação é também educacional, te pergunto: qual é a origem dos comportamentos humanos? Onde reside em nós, os pensamentos e seu decorrente modo de pensar, os desejos, ansiedades, motivações e mais todos os sentimentos que nos servirão de base para todas as nossas atitudes, sejam estas pró-ativas ou reativas, mas que nortearão nossas ações futuras e que delinearão nosso julgamento sobre nós mesmos ao longo do tempo?

Por que pergunto isto? O intuito é simples. Sem querer interferir nos aspectos psicológicos ou pedagógicos que possam gerar infinitas respostas provindas de especialistas relacionados a estas áreas do conhecimento e baseado na inexorável constatação de que “empreendedorismo não é uma arte, é uma prática”, meu intuito é plantar em você a ideia de que todos os comportamentos chamados empreendedores que temos, desenvolveremos e incorporaremos, possuem dependência total de algo singelamente chamado “Educação”.
Com isto, espero fazer-te iniciar um pensamento com foco em facilitar as coisas pra você mesmo e para todas as pessoas com quem tiveres contato durante sua vida.

Queres ser empreendedor? Então (me perdoe se assim já o faz), priorize todo e qualquer processo educacional que se relacione com dois motivos: o primeiro é se desenvolver incondicional e eternamente em todos os comportamentos que acredita ser evolutivo para que você alcance o que quer a partir de agora. O segundo é se comunicar sempre com o intuito de prover o mesmo desenvolvimento e evolução com qualquer pessoa com quem você se comunique.

Agora que escancarei meu intuito direto, cabem algumas considerações que visam semear em você um processo reflexivo que pretende apenas ser mais um dos tantos que você educacionalmente receberá em sua vida e que poderá ou não ser considerado como relevante a ponto de ser incorporado a todos os sentimentos mencionados acima e que poderá ou não estar ativo em sua mente quando você se deparar com situações que demandam atitudes conscientes ou inconscientes, racionais ou emotivas, para tudo que vier no futuro ser considerado por você como impactante e sobrepujante na pessoa que você simplesmente é e que te deixará satisfeito consigo:

- Comportamentos empreendedores não são relacionados a algo que você somente utilize no campo profissional. Tudo que aprender sobre empreendedorismo deve estar em conexão com a pessoa você que é por completo, seja no aspecto profissional, social, pessoal ou no aspecto que você achar que merece ser engajado. Toda relação humana é educativa e todo processo de comunicação deixa marcas que definem posições, com cada pessoa tendo características e formas únicas para entender o processo comunicativo. Tudo que se relacionar com o assunto empreendedorismo, deverá proporcionar pensamentos que gerem autonomia e protagonismo (ensinando como respeitar o ‘Eu’), empatia (ensinando como respeitar o ‘Ele’) e colaboração (ensinando como respeitar o ‘Nós’).

- Se aprender algo novo sobre comportamentos empreendedores, não procure em seu passado alguma ação que justifique sua qualidade empreendedora, apenas volte seus olhos e sua mente para sempre estar atento sobre os novos conhecimentos adquiridos e como você pode criar uma naturalidade interna de pensamento que o manterá alerta para evitar as armadilhas que possivelmente te distanciaram dos seus objetivos. A um empreendedor, basta somente incorporar cada vez mais comportamentos evolutivos, não se importando com propaganda pessoal fora de hora e que tende a gerar cegueira.

Ainda tenho em mente momentos que se sucederam a algumas palestras que realizei, onde em uma específica, notei três pessoas muito preocupadas e ansiosas em conversar comigo sobre atitudes que adotaram e que consideravam muito empreendedoras e assertivas, ao passo que ao lado destas três, uma quarta pessoa aguardava pacientemente o término do bate-papo (como se esperasse pelo momento de ter toda minha atenção voltada à ela) para simplesmente relatar: após esta palestra, me sinto inspirada a rever todas as atitudes que automaticamente tomei e que hoje vejo não ter me levado a nada significativo pra mim. Não me arrependo pelo que fiz, pois creio que ninguém é obrigado a acertar sem conhecer ou sem experienciar, mas me sinto interiormente forte para simplesmente ser mais assertiva daqui pra frente.

- Já que estamos falando de empreendedorismo e sua relação com a educação, e que sabemos que todo processo educacional possui sobrepujança quando fortalecido em seus ensinamentos básicos, é óbvio mencionar que o ensino de nível básico sobre empreendedorismo no Brasil é muito incipiente e a necessidade de disseminar protagonismo e pensamentos autônomos nas pessoas sofre de um mal ainda pouco percebido socialmente e, quando percebido, talvez paralisado em seu desenvolvimento em alguma fase ainda imperceptível ou de difícil implementação pelo sistema educacional. É mais do que óbvio que a capacitação necessária aos profissionais da educação de nível mais elementar que possuem o desafio de proporcionar uma formação mais empreendedora, autônoma, plural, ética, com uma visão otimista do mundo, que proporcione autoliderança, alta autoestima, resiliência e ecletismo, ainda não foi percebida por governantes ou por qualquer integrante do sistema educacional como relevante e digna de tratamento específico e mais que necessária.

Particularmente, gera-me muito descontentamento ter contato com muitas(os) professoras(es) do ensino fundamental e médio que: ao invés de fomentarem sonhos, fomentam medo; ao invés de ética, adequação aos atuais costumes; ao invés de desafios, segurança total; ao invés de resiliência, reclamações; ao invés de otimismo, desconfiança; ao invés de pluralidade, conceitos pré-concebidos; ao invés de aulas personalizadas, livros considerados facilitadores do processo. Sabemos que existem esforços incomensuráveis no sentido de prover mais formação empreendedora de nível superior, mas indago novamente o que deve ser considerado de importância mais superior do que uma boa formação desde a base.

Minha semeadura neste ponto nada mais é do que te indicar: já que deve ser tão difícil o processo como deveria ser, vamos agir contando com a lei da oferta e demanda. A cada instituição de ensino que procurarmos, para nós, nossos filhos ou a quem quiser ser indicado, seja esta uma instituição estatal ou privada, de desenvolvimento profissional, pessoal, linguístico ou social, nos preocupemos com o que esta instituição possui de real diferencial e de efetivamente relevante ao que buscamos. Deixemos os antigos padrões de busca destas instituições no passado. Tudo que puder se relacionar com algo substancialmente vivencial deve ser priorizado. Ninguém dispensará a teoria. Sem ela a prática é tola. Contudo, não existe vida sem a prática, e é justamente nesta conexão que o empreendedorismo se explica e se faz fascinante a quem o entende como praticante das singelas coisas que a mente aprendeu desde cedo.

http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/processo-educacional-que-gera-comportamentos-empreendedores/92899/

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