Diferentemente do que ocorria no passado, ao efetuar um curso
universitário, principalmente na área de negócios, o indivíduo deve se
comprometer a um processo de educação continuada. Num primeiro momento, por via de cursos de extensão universitária,
que se caracterizam pelo fato de serem curtos, focados e profundos. Uma
espécie de complementação dos aspectos mais vanguardistas da ciência.
Num segundo momento, a opção é pelos cursos formativos mais longos.
Para os estudantes que desejam a pesquisa e o magistério, a trilha mais
adequada é a dos mestrados e doutorados. Para os que, por outro lado,
desejam apenas amadurecimento profissional, a melhor solução são os
MBA’s e as especializações. “No entanto, é preciso ter muito cuidado na escolha dos programas,
para evitar as commodities educacionais. Nesse sentido, é necessário
procurar cursos derivados de um planejamento adequado e metas factíveis,
oferecidos por instituições sólidas e experientes”, alerta o professor
Silvio Passarelli, diretor da Faculdade de Administração da FAAP e
coordenador dos MBAs Gestão do Luxo e Empresa Familiar.
A gestão contemporânea está baseada no tripé empreendedorismo,
empresa familiar e estratégia empresarial. O empreendedorismo através do desenvolvimento de uma
atitude transgressiva e questionadora, busca superar paradigmas
tradicionais e adotar medidas de gestão de flexibilidade e eficácia.
Na outra perna do tripé, a da empresa familiar, trata-se de uma
referência dos programas de gestão, uma vez que a maioria absoluta das
empresas do país é familiar e se comporta como tal. Por fim, a questão
da estratégia empresarial deve contemplar o futuro. Uma parcela
considerável dos atuais negócios não conseguirá sobreviver sem entender
as ameaças ambientais externas, e ter capacidade de montar estratégias
aptas para aproveitar as oportunidades que surgirem ao longo de sua
existência.
As exigências do cenário atual
Os conceitos do professor Silvio Passarelli exigem uma reflexão face
ao atual cenário político e econômico do País. Em tempos de crise – como
o atual -- muitas empresas tendem a reduzir custos como forma de defesa
às intempéries provocadas pelo mercado político-financeiro. Nestas
reduções geralmente estão os investimentos em educação dos seus
funcionários. E, em geral, essas ações acabam também se repetindo nos
controles financeiros pessoais, inibindo os investimentos na própria
educação.
Infelizmente, trata-se de um equívoco. Estudar é arte de vislumbrar e
escolher conteúdos e habilidades que, por necessidade ou vontade, se
quer apreender e aplicar na vida. No caso de uma empresa, não basta somente estimular seus funcionários
a estudarem, mas principalmente mensurar o retorno destes conhecimentos
e habilidades adquiridos com este incentivo – permitindo fazer uma
correlação entre o custo-benefício do investimento. Quando não se tem
esta medida, a constatação é que não houve uma política educacional na
empresa ou no mínimo um planejamento deste investimento (caso possível
de ocorrer com pequenas empresas ou pessoas físicas).
Há vários exemplos na história de nações e empresas que, após grandes crises causadas por ações da natureza, guerras ou depressões financeiras, conseguiram superar a má fase, buscando alternativas com pessoas capacitadas e habilidosas. Em muitos casos, foram feitos programas educacionais para desenvolver pessoas, porém sempre com o objetivo de recuperar, manter e reerguer uma instituição empresarial.
Portanto, sempre aliado à educação, o planejamento é a peça fundamental de um gestor. Seja na proposição de cenários futuros, seja na confecção de cronogramas e ações, ou até mesmo na elaboração de planos contingenciais, o gestor deverá sempre estar atento a fatos internos e externos para saber como traçar estratégias e lidar com tempestades mercadológicas (e profissionais, no caso da gestão de carreira individual). Não menos importante também está a atitude empreendedora, seja interna ou externa. Não adianta saber planejar e não fazer acontecer ou estar disposto a “por a mão na massa”.
Há vários exemplos na história de nações e empresas que, após grandes crises causadas por ações da natureza, guerras ou depressões financeiras, conseguiram superar a má fase, buscando alternativas com pessoas capacitadas e habilidosas. Em muitos casos, foram feitos programas educacionais para desenvolver pessoas, porém sempre com o objetivo de recuperar, manter e reerguer uma instituição empresarial.
Portanto, sempre aliado à educação, o planejamento é a peça fundamental de um gestor. Seja na proposição de cenários futuros, seja na confecção de cronogramas e ações, ou até mesmo na elaboração de planos contingenciais, o gestor deverá sempre estar atento a fatos internos e externos para saber como traçar estratégias e lidar com tempestades mercadológicas (e profissionais, no caso da gestão de carreira individual). Não menos importante também está a atitude empreendedora, seja interna ou externa. Não adianta saber planejar e não fazer acontecer ou estar disposto a “por a mão na massa”.
https://www.administradores.com.br/noticias/empreendedorismo/a-crise-nao-pode-ser-paralisante/107797/