O papel do líder educador na gestão de conflitos


Um grande desafio atual é conviver com os novos paradigmas de um mundo globalizado e digitalizado, onde compartilham do mesmo espaço, gerações que pensam diferente daqueles que são do mundo analógico, paradigmas estes que determinam padrões de comportamentos e relações interpessoais mais igualitárias e assertivas. Assim, esse mundo profissional diferente do tradicional, exige do líder uma flexibilidade para revisar crenças e valores que orientam seu comportamento profissional de forma produtiva e as que devem ser trocadas por crenças dos novos tempos.
Um líder competente emocionalmente possui duas crenças determinantes que permeiam suas ações: ter liberdade emocional e assumir responsabilidade por si. Um relacionamento sadio só é possível quando o time é livre para dizer e sentir o que quiser e entendendo que cada um é totalmente responsável pelos seus comportamentos
Este líder citado acima faz os membros do time se sentirem aceitos, queridos e competentes no trabalho, necessidades indispensáveis que fazem as pessoas se sentirem em área segura e confortável, com seu status garantido na equipe. É provável que os sentimentos de inveja, ciúme, inseguranças, angústia, entre outros, tenderão a diminuir e a confiança e cooperação se instalarão no ambiente de trabalho.
Alguns erros são cometidos por gestores que não sabem fazer uma eficaz gestão das emoções e estimulam no time o medo de ser humilhado, rejeitado e excluído. Veja alguns comportamentos errados do gestor frente aos conflitos: Ser ausente e fingir de morto, só criticar o comportamento dos conflitantes, colocar panos quentes, acreditar que os envolvidos são maduros para resolverem sozinhos, pegar no ponto fraco dos dois e manipular a situação em prol exclusivo de seus próprios interesses, que normalmente vão contra os interesses dos outros.
Como podem ser resolvidos esses conflitos? Com uma comunicação assertiva entre gestor e time, com o alinhamento de expectativas, feedback positivo sempre que necessário. Deixar de expressar o que nos incomoda pode se transformar em gatilhos de fortes conflitos. Por isso, é importante que, tanto o gestor quanto o colaborador se posicionem de forma assertiva e generosa um com o outro para limpar o espaço e permitir que a razão reine nas relações profissionais com calma. Assim, os dois lados se sentirão bem resolvidos.
O importante é fazer um resgate do time, possibilitando a todos a expressão natural das suas frustrações, levando-o à busca de ações produtivas, ou seja, "O que vamos fazer daqui para frente para resolver essa questão?" Deve obter do time um acordo e comprometimento de melhorias e, ao mesmo tempo, muni-lo de recursos emocionais para sair da situação de desconforto.
O papel do líder educador é gerenciar o emocional do time e promover mudanças comportamentais necessárias. Ele quebra paradigmas e ajuda seus liderados a avaliar seu modelo mental para criar novas conexões cerebrais e desenvolver novos aprendizados.
Um líder educador ensina o time a pensar, valores positivos e cria visão de futuro para dar significado à vida das pessoas. Ele olha o potencial do time e não aos limites. Por isso, estrategicamente investe em cada um, educa o time para adquirir autonomia com responsabilidade. No final, o líder de hoje forma bons líderes do futuro. Esse líder sabe transformar as emoções negativas do time em resultados positivos.
É o momento de se permitir ser flexível e aberto às mudanças, e assim, o profissional poderá sobreviver no trabalho com menos stress e mais sabedoria.
Vera Martins é professora do curso Liderança Assertiva na Fundação Vanzolini
http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/o-papel-do-lider-educador-na-gestao-de-conflitos/105243/

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