Jovens têm empreendedorismo como alternativa de ocupação profissional


O Brasil lidera o ranking mundial de empreendedorismo, com 34,5% de pessoas entre 18 e 64 anos envolvidas com a criação de um negócio próprio, segundo revela levantamento publicado em março/15 pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), referência em pesquisa sobre o assunto. De acordo com o estudo, ter o próprio negócio é o terceiro maior sonho do brasileiro, atrás da compra da casa própria.
Dentro dessa faixa etária, encontra-se a população jovem também, que hoje caracteriza o universo de pessoas que acreditam no empreendedorismo como ferramenta de transformação social. “São pessoas inspiradas na luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma Marcelo Melo, gerente da área de Mercado do IEL-GO.
A pesquisa A visão do Jovem Goiano sobre Fatos Atuais/2015, realizada recentemente pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-GO), junto a universitários, vem ao encontro da constatação da GEM. No levantamento do IEL, que atua na assistência ao jovem em diversas etapas da carreira profissional e percebe o interesse pelo empreendedorismo, 21% dos universitários entrevistados têm o negócio próprio como alternativa de ocupação profissional. Todavia, na mesma questão, 42% apresentaram percepção de que o mercado de trabalho é muito seletivo e distante da realidade educacional, enquanto outros 32% acreditam que é possível conseguir um emprego bom. E, na última Pesquisa de Egressos do Estágio/13 (realizada a cada dois anos pelo IEL-GO), 10% dos jovens montaram seu próprio negócio.
Os índices de 21% (uma alternativa para os jovens) e 10% (um resultado concreto) podem ser considerados um tanto tímidos, mas é interessante do ponto de vista de quem pensa em empreendedorismo, pois sabe que esse não é um terreno para amadorismo. De acordo com Melo, o assunto exige preparo, pesquisa, estudo, dedicação, capacidade de correr riscos, foco e disponibilidade para sempre identificar novas oportunidades.
“Essas pessoas com espírito empreendedor estão motivadas por uma oportunidade de negócio, o que implica na qualidade desse ato. São pessoas adultas e jovens que enxergam uma oportunidade, uma tendência e investem naquilo”, comenta Melo. Ele lembra que, no passado, as pessoas apostavam em um negócio próprio motivado pela falta de emprego. “Hoje, o perfil do empreendedor é diferente”.
“Os atrativos mercadológicos e as chances de trabalho individual, hoje existentes, explicam os motivos de o jovem ter em mente o empreendedorismo como forma de obter renda”, completa Marcelo Melo. Ele observa ainda que, mesmo na adversidade econômica do País e até do Estado, o jovem acredita na possibilidade desse trabalho, aliando ao empreendorismo o fator inovação. “Atualmente, o ambiente é favorável à inovação que, em consonância com o empreendedorismo, alarga as possibilidades de trabalho independente, criando valor para clientes por meio de produtos, serviços e novas utilidades que satisfaçam novas necessidades. Um exemplo do empreendedor inovador, temos no campo da tecnologia de informação”, diz ele.
http://www.dm.com.br/economia/2015/04/jovens-tem-empreendedorismo-como-alternativa-de-ocupacao-profissional.html#

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