Cinco ONGs terão R$ 122 milhões para construir casas no Amazonas

[ i ]Programa do governo federal distribuirá recursos para ONGs construírem casas populares em Manaus e no interior do Amazonas.
Manaus - Cinco entidades do Amazonas irão receber R$ 122 milhões do governo federal para construir casas populares por meio do programa ‘Minha Casa Minha Vida Entidades’. A escolha das famílias beneficiadas e a contratação das construtoras serão feitas sob critério das próprias entidades locais, sem precisar de licitação pública.
O ‘Movimento de Mulheres por Moradia Orquídea’ e a ‘Associação de Mulheres de Presidente Figueiredo’ terão, juntas, R$ 68 milhões para construir 1.200 casas populares em Manaus e no município de Presidente Figueiredo (a 174 quilômetros da capital).
A ‘Orquídea’ terá a disposição R$ 34 milhões. O Movimento deverá construir 600 casas populares no bairro Santa Etelvina, zona norte de Manaus, e já tem uma construtora contratada para o serviço.
No município de Presidente Figueiredo, a Associação de Mulheres fechou contrato com o Ministério das Cidades para construção de outras 600 casas e terá à disposição também R$ 34 milhões para construir o Residencial Multifamiliar Vale das Nascentes.
Vínculo político
Ainda em Manaus, o Instituto de Ação Social Vida e Saúde do Amazonas receberá do governo federal R$ 31 milhões para construir o Conjunto Vida e Saúde, com 500 casas. De acordo com informações no site do Ministério das Cidades, o responsável pela entidade é Jeová Aves de Jesus, que nas eleições de 2012 concorreu a vereador pelo PDT.
Outro candidato que também concorreu nas eleições de 2012, Nilson Hiroshi Kanehira Sato, aparece como responsável pela entidade Movimento Amigos da Zona Norte (Mazon). A organização foi selecionada pelo programa para receber R$ 9,9 milhões para a construção de 160 apartamentos em Manaus. Nilson concorreu a vereador pelo PT com o nome ‘Sato da Mazon’.
A quinta entidade beneficiada pelo programa no Amazonas é a Associação Indígena Saterê Mawe do Aninga do município de Boa Vista do Ramos. Responsável pela construção de 150 casas e terá recursos de R$ 7,3 milhões.
Transparência
De acordo com a coordenadora estadual do Movimento Nacional por Moradia Popular (MNMP) no Amazonas, Milena Marulanda, todas as entidades que receberam os recursos do Ministério das Cidades passaram por um critério de seleção feito por técnicos do governo federal e da Caixa Econômica Federal e as famílias beneficiadas serão todas carentes. “No caso do (Movimento) Orquídea, a seleção será com base no trabalho desenvolvido pela entidade que acompanha mulheres vítimas de agressão ou que pagam aluguel”, afirmou.
Ainda de acordo com Milena, todos os contratos e elaboração dos projetos de construção serão acompanhados por técnicos da Caixa. “Assim também ocorrerá com a prestação de contas dos recursos, tudo será feito com total transparência”, disse a coordenadora.
Milena é uma das ativistas que no último dia 1º participaram de uma manifestação em frente ao prédio onde mora o prefeito de Manaus Arthur Neto. Na página pessoal no Facebook, a ativista mantém álbuns de fotografia sobre a visita da presidente Dilma Rousseff em Manaus e ainda com o ex-presidente Lula.

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