Uma das minhas maiores preocupações durante o processo de contratação de um novo gestor é entender como ele encara a relação entreproblema e oportunidade.
Costumo dividir os candidatos em dois grupos distintos: os que enxergam um problema a cada nova oportunidade e os que enxergam uma oportunidade a cada novo problema.
Procuro gestores que enxerguem um problema como insumo ou matéria prima para o dia a dia, até porque saber lidar e, principalmente, resolver problemas é uma das habilidades exigidas de qualquer gestor. Procuro aqueles que encaram o problema como um fato que precisa ser entendido, digerido e corrigido e não como um monstro que toma proporções descomunais, motiva reações “estomacais” e gera pânico e desespero.
Preciso de gestores que não esmoreçam perante o trabalho necessário para fazer algo novo, entrar em um novo mercado, lançar um novo produto, mudar de posição na empresa e que não se intimidem com a obrigação de sair da zona de conforto imposta por essas movimentações. Não quero gestores que optem pelo mesmo em função da falta de vontade de construir. Não quero gestores que prefiram ficar parados a se movimentar. Não quero gestores que dizem que tem que ser assim porque sempre foi assim. Quero gestores que transformem problemas em novos processos, novos produtos ou até mesmo novas empresas. A literatura corporativa esta repleta de cases que mostram que a origem de novas e grandiosas empresas esta fundamentada na capacidade de se enxergar uma maneira lucrativa de resolver um problema. Seja através de novos produtos ou melhores processos.
Por fim preciso de gente que entenda que é impossível crescer e se desenvolver sem gerar ou criar problemas e que o mérito não esta em não criar problemas, e sim na capacidade de resolvê-los rapidamente e ao menor custo possível.