Recife: evangélicos x LGBT

A criação de uma Frente Parlamentar LGBT deve levar a enfrentamentos internos com a Frente de Defesa da Família, comandada pela bancada evangélica

Carolina Albuquerque

Jayme Asfora é o criador da Frente LGBT / Alexandro Auler/JC Imagem

Jayme Asfora é o criador da Frente LGBT

Alexandro Auler/JC Imagem

A criação da Frente Parlamentar LGBT da Câmara do Recife deve criar um conflito interno com a Frente em Defesa da Família, de autoria do vereador evangélico André Ferreira (PMDB) e recentemente aprovada em plenário. Segundo o peemedebista, a sua frente, formada por membros da bancada evangélica, adota o conceito de família de “homem e mulher”, excluindo a união homoafetiva.
 
Em desacordo, o seu correligionário, vereador Jayme Asfora (PMDB), um dos proponentes da Frente LGBT, coloca que tal exclusão é “inconstitucional”, uma vez que fere a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2011, reconheceu união homoafetiva como entidade familiar.
Ainda que André Ferreira garanta que os diversos movimentos sociais serão chamados ao debate, a Frente em Defesa da Família se posicionará contra os conceitos que classificou de “invertidos”. “Defendemos uma sociedade sem preconceitos, mas com limites”, frisou. “A frente adota alguns conceitos, que ultimamente estão tendo seus valores invertidos. Seremos contra o casamento gay, a adoção por casais homossexuais. Adotamos o conceito de família previsto na Constituição, que é o de homem e mulher”, explicou.
 
Leia mais na edição desta quinta-feira do Jornal do Commercio.

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