Somente Bento 16, dentro de si, sabe as razões de seu gesto.
Mas, os juízes externos proferem sentenças de absolvição ou de condenação.
Uma corrente vê a renúncia como desistência do dever, fraqueza, desânimo ou desilusão diante da traição sofrida, dos complôs, das crises, divergências, escândalos, e erros havidos no seio da Igreja. Seria, ainda que por uma reação tipicamente humana, o ato de ligar o ...dane-se, e abandonar o barco.
A outra corrente enxerga a renúncia como um gesto singelo de humildade de alguém que se vê sem forças para conduzir a Igreja por esses difíceis caminhos da pós-modernidade. Seria o ato de passar o bastão, no momento exato, em penosa corrida de revezamento.
Os dotados de espiritualidade ou religiosidade, e até mesmo os ateus, agnósticos e céticos pensantes, certamente não estão alheios a esse fato, pelo menos histórico, em razão de suas causas e de suas conseqüências.