2011 – ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES
CELEBRAÇÃO DIA DA CONSIÊNCIA NEGRA EFETIVANDO A LEI 10.639/03
NUMA DIMENSÃO SÓCIO-POLÍTICO-RELIGIOSA


Os movimentos sociais (MNU LGBT PE; ASSOCIAÇÃO NACIONAL LGBT DE TERREIRO E COMNUNIDADE; ALIANÇA LGBT E O CEDEESPE),brilharam mais uma vez com suas ações afirmativas no Terreiro Casa das Águas.
 

 
A origem mais profunda do Terreiro de Candomblé Casa das Águas aos cuidados do Babalorixá Roberto das Águas de Iemanjá Ogunté e da Ialorixá Janaína de Oxum surge na busca de uma nova forma de viver e reviver a memória coletiva afro-brasileira celebrando datas que permeia a reparação etnicoracial.
As raízes do Terreiro de Candomblé Casa das Águas estão marcadas também junto aos movimentos sociais; (MNU LGBT PE; ASSOCIAÇÃO NACIONAL LGBT DE TERREIRO E COMNUNIDADE; ALIANÇA LGBT E O CEDEESPE), como organizações Social-Cultural-Político-Religiosa tradicionais de resistência negra em Pernambuco específicamente Olinda-JD.Brasil II.


O Babalorixá Roberto das Águas faz uma função sincrética no seu terreiro apartir das irmandades: Nossa Senhora da Conceição; Nossa Senhora do Carmo; Nossa Senhora do Rosário dos Pretos; Nossa Senhora da Boa Morte; os Quilombos e a sociedade protetora dos desvalidos e outras organizações institucionais como também governo do estado dePernambuco e Prefeitura de Olinda apresentando um conteúdo simbólico-político-religioso.


O Terreiro Casa das Águas é um espaço mítico e político-social, no qual as pessoas se encontram neste espaço-meio, onde querem viver-reviver sua cultura-histórica, buscando suas raízes africanas, afirmando-se, reafirmando-se e ratificando-se, enquanto ser humano para ampliar a realização de suas potencialidades, assumindo o dia 20 dia da Consciência Negra uma nova forma de resignificar o Terreiro através da política de uma promoção de oportunidade, ou seja, um modo de vida mais politizado e diferente do mágico religioso, criando para os membros a outro estima, dignidade e cidadania. Esta redimensão sócio-cultural-político-religiosa no Terreiro Casa das Águas, contém uma resignificação o da história-memória, onde os fenômenos do cotidiano se realizam.

O Babalorixá Roberto das Águas incorpora no seu terreiro através dos movimentos sociais uma cena política. Partindo de que o Terreiro de Candomblé Casa das Águas como um espaço político, que não mais é só religioso, pois o candomblé também é um lugar social-cultural, ou seja, um verdadeiro albergue de acolhimento e se fomos mais atenciosos percebemos que nos cânticos sacralizados de origem “Yorubá” numa releitura “Afro-brasileiros-falares brasileiros”, são cânticos que seus ritmos, sua mensagem, sua entonação falam de forma transcendentes reinventando uma história trazida da África.

Nesse sentido, o povo de santo para melhor expressar, a família de santo pertence à memória coletiva de uma cultura de enfrentamento buscam a reencontrar na África um espaço privilegiado para se reconhecer como lugar de pertencimento e ao mesmo tempo expandir este espaço-meio como “o belo transcendental”, em outras com o“coração na África”

Essa felicidade tem também uma dimensão mítica, simbólica, religiosa. Todos que estão fazem parte desta construção deste evento no Terreiro Casa das Águas vivem pautados em valores que acreditam vir da África distante (séc.XVI ao séc.XIX) transplantado e reinventados no Brasil, ou seja, uma busca de uma sociedade mais igualitária e menos injusta partindo da cultarilidade e da identidade das vivência de valores.


O objetivo principal desde evento construído pelos movimentos sociais foi de mostrar como o Terreiro de Candomblé Casa das Águas incorpora suas dimensões religiosas-políticas a partir da crença na ancestralidade, tomando princípios e valores que constituem um universo que se busca numa visão de mundo diferente, enriquecida pela tradição das civilizações africanas aqui reconstruídas, pois a solidariedade; a partilha; a troca; o respeito aos mais velhos; o respeito à tradição; o cultivo da tradição; a vida em comunidade será sempre uma luta em renovação constante.
Nossa luta tem sido e serálonga. Nós somos a fundação sobre a qual a nação foi constituída. Nós somos os artistas e os lutadores em prol da liberdade. Em que resumo, fomos o formento da sociedade. Percorremos um longo caminho. No processo, deixamos a nossa marca sobre a nação. E embora seja verdade que a nossa cultura não tenha se mantido pura, nenhuma cultura o faz, nós a transformamos para atender as nossas necessidade e para fazer de nós as pessoas responsáveis, criativas que nos tornamos.

Chamamos atenção para a observação as fotos das crianças no Terreiro Casa das Águas, pois a temática da diversidade étnico racial é muitas vezes tomada como tema secundário, menos importante, desvinculando da política educacional. No entanto a alteração da lei de diretrizes e bases pelas leis 10.639/03 e 11.645/08 inclusive a diversidade como conteúdo essencial da educação. A diversidade não representa um conteúdo que interessa apenas a negros e a indígena: tem a ver diretamente com a qualidade da educação e, portanto, diz respeito a toda a sociedade. Sentindo-se desaprovadas naquilo que são, atingidos em subjetividade muitas crianças negras experimentam fortes sentimentos de outo-rejeição e de rejeição pelos outros negros. Muitas vezes as crianças negras não recebem a mesma atenção que as brancas.
   

Falar de multiculturalismo é falar do jogo das diferenças, cujas regras são definidas nas lutas sociais por atores que, por uma razão ou outra, experimentam o gosto amargo da discriminação e do preconceito no interior das sociedades em que vivem. Portanto é muito bom ressaltar que vivemos numa comunidade, num bairro periférico, em que muitos têm esse tipo de problema racial; Mas também encontramos pessoas que não trabalham nessa linha, que não se importa com isso. Em outras palavras, a criança se constrói como sujeito por meio das múltiplas interações sociais e das relações que estabelece com o mundo, onde influencia e é influenciada por ele, ao mesmo tempo em que constrói significados a partir dele.

 

Vejamos:
A criança falou: “Não quero essa menina perto de mim (...) essa menina negrinha perto de mim”; “Ah não quero dançar com ela (...)-(criança negra)”; A criança não diz especificamente por que não quer danças...
Às vezes ela (a criança negra) não é convidada para fazer parte da brincadeira, são poucos os que a chamam, os que a convidam. Elas (as crianças brancas) dão preferência às outras crianças brancas para ficar brincando.
(ESTE TEXTO ESTÁ AGUARDANDO RESPOSTA)

(TEXTO)PROFºMSC. José Antônio Rufino


JOSÉ ANTÔNIO RUFINO
MESTRE EM TEORIA LITERÁRIA PELA UFPE, PESQUISADOR DO CNPQ,
DOUTORANDO PELO INSTITUDO ÍBERO-AMERICANO DE BERLIM-EM ESTUDOS CULTURAIS,
PEJIGAN DO ILÊ AXÉ OYÀ ORUM BALÉ
ALIANÇA-LGBT DE PERNAMBUCO
MEMBRO DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO-PE
Endereço para acessar currÍculo:
http://lattes.cnpq.br/4743904452968450
(81)94289435 , (81) 85828237

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