SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA/LGBT 2011

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA/LGBT 2011
comemorando a vitória da Comunidade do Coque/Joana Bezerra no projeto “Desvendando o Delicioso Mundo da Geometria”, 2° lugar na mostra nacional de divulgação científica (Ciência Jovem 2011)
data: 18 de novembro de 2011
local : Escola Costa Porto - RUA Cabo Eutropio, 660 - Ilha Joana Bezerra Recife - PE, 50080-180
DIRETORA: PROF. ÂNGELA PEDROSA: 85966179
VICE PROF. ROBERTA DE CARLI: 98206461
comunidade do Coque - Recife/PE
horário: a partir das 13 horas
PRESENÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO (DR. MARCO AURÉLIO DE FARIAS)
UFPE - NÚCLEO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA HOMOSSEXUAL ( PROF. MITZ HELENA)


EDUCANDO PARA A JUSTIÇA SOCIAL, IGUALDADE ÉTNICO-RACIAL E DIVERSIDADE SEXUAL
A ideologia racista, classista e homofóbica é um problema histórico da sociedade brasileira. Seu enfrentamento passa, antes de tudo, pelo reconhecimento de sua existência e das formas de seu combate e enfrentamento no mundo contemporâneo. Promover momentos de reflexão e debate em torno do racismo, da homofobia e da sociedade de classes, constitui algumas das estratégias que possibilitam a formação de consciências criticas que possam denunciar as violências e injustiças. É papel dos sistemas de ensino, das instituições e da sociedade como bem destaca o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, promover a inclusão da discussão da cidadania,como parte integrante da matriz curricular educacional.
A ESCOLA COSTA PORTO, MNU-LGBT, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DE LGBT DE TERREIRO E COMUNIDADE, ALIANÇA LGBT DE PERNAMBUCO E CEDESSPE
NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, TENDO EM VISTA A TRAJETÓRIA NAS LUTAS PELOS DIREITOS HUMANOS, ENFRENTAMENTO AO RACISMO, HOMOFOBIA E TODA FORMA DE INJUSTIÇA SOCIAL ESTARÁ CONFERINDO
DIPLOMA DE MENÇÃO HONROSA PELA ÉTICA NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS .
INCLUSÃO EDUCACIONAL NUM CONTEXTO DE DESIGUALDADE SOCIAL - A
EXPERIÊNCIA DA ESCOLA COSTA PORTO NO RECIFE.
Os programas oficiais encaram o problema da exclusão de modo parcial, privilegiando ora a geração de renda (bolsa de escola
, cesta básica etc.), ora a questão de emprego via frentes de trabalho, particularmente no Nordeste onde se encontra a maior parte
da população na faixa da míseria
.
Nenhum desses programas atinge o objetivo de inclusão social, no sentido mais lato e profundo da palavra, por omitir a dimensão
central do fenômeno– a mudança do modelo capitlalista perverso de exploração e a perda de auto-estima e de identidade de
pertencer a um grupo social excluído.
A inclusão torna-se viável somente quando, através da participação em ações coletivas, os excluídos são capazes de recuperar sua dignidade e conseguem - além de emprego e renda - acesso à moradia decente, facilidades culturais e serviços sociais, como educação e saúde.
Esta tarefa ultrapassa o âmbito estreito dos programas de filantropia desenvolvidos por ONGs e exige o engajamento contínuo do poder público através de políticas pró-ativas e preventivas, sobretudo na área econômica, social, política, econômica e ambiental em nível federal que permeiem as ações dos governos estaduais e municipais.
As políticas ao nível macro executadas pelas diversas instâncias do poder público não devem ser concebidas como competitivas ou substitutivas dos programas e projetos realizados pelas por inciativas individuais como é o caso do projeto de educação inclusiva desenvolvido pela professora de matemática Maria Luíza, na Escola Municipal Costa porto, e por outras entidades da sociedade civil, como o Movimento Negro Unificado -LGBT, A Associação Nacional de Defesa de LGBT de terreiros e Comunidade. Ambos são necessários e complementares, na formulação de novas políticas públicas inclusivas e afirmativas.
Nas últimas décadas percebe-se o avanço gradual da sociedade civil e dos Movimentos Sociais nas disputas sobre sua admissão nas esferas de decisão, inclusive com a alocação de recursos dos orçamentos governamentais.
Assim, é possível prever um longo período de poder dual em que as autoridades e instituições tradicionais procurem manter o status quo na defesa dos interesses das classes proprietárias e da tecnocracia a elas aliada. Por outro lado, as múltiplas organizações da sociedade civil, como O MNU-LGBT e O LGBT de Terreiro e Comunidade adquirindo saber e experiência no manejo e na defesa dos direitos humanos e das causas públicas, conquistam maior autonomia e autoconfiança na sua capacidade de gerir o próprio destino no processo de transformação social e política.
Preconizamos a mudança social pela educação das classes trabalhadoras e excluídas para que possam se beneficiar das oportunidades de mobilidade social ascendente.
Em que pese a conjuntura econômica desfavorável e a própria dinâmica “perversa” da acumulação e reprodução do capital, fica evidente o caráter utópico desta proposta, sobretudo quando apresentada colada na evolução do mercado de trabalho, do progresso técnico e de uma visão mais integrada sobre o futuro “desejável” da sociedade.
Diante da complexidade do desafio de transformação social e a multiplicidade de fatores intervenientes, não existe uma solução única e milagrosa. O processo de construção de uma sociedade democrática cidadã e inclusiva, será longo e árduo, devido às resistências das forças autoritárias e conservadoras a nível nacional e na estrutura de poder internacional.
Como enfrentar as condições estruturais adversas da economia que levam à exclusão social, vedando aos pobres o acesso ao mercado de trabalho, à moradia decente e aos serviços coletivos de saúde, educação e lazer? É esta a pergunta que a Prof. Maria Luíza, os gestores da Escola Costa Porto e os movimentos sociais procuram responder.
Um número crescente de ações indivíduais como da prof. Maria Luíza tem logrado melhoramentos no atendimento da demanda de ascenção social inclusiva de grupos históricamente marginalizados, mediante a implementação de projetoso, como é o projeto educacional em matemática que visa o resgate da dívida social.
Políticas públicas afirmativas, como as feitas pela gestão da Escola Municipal Costa Porto, por iniciativas individuais como é o caso da prof. Maria Luíza, e ações dos movimentos sociais Movimento Negro Unificado LGBT E LGBT de Terreiro e Comunidade são realistas se associados a programas de geração de renda e de trabalho acompanhados por ciclos sucessivos de capacitação profissional.
Ao mesmo tempo, os grupos-alvo incluídos nesses projetos são estimulados a assumir sua cidadania, através de campanhas de educação fundamental e a formação de grupos de atividades culturais , artesanais,recreativas e tecnólogicas.
Saber e fazer constituem duas dimensões complementares e interdependentes que permeiam todas as atividades na Escola Costa Porto . Postulamos a busca conjunta com os professores, funcionários, alunos e movimentos sociais de conhecimentos e sua tradução em ações construtivas, sempre ancoradas, na ética da responsabilidade e do compromisso com o bem-estar coletivo a justiça social,e a cidadania.
O “saber” abrange o estudo e debates dos grandes temas da sociedade contemporânea, para os quais o conhecimento é fundamental para transmitir e refletir a dinâmica da criação e recriação permanentes da sociedade e cultura e seus impactos na formação da personalidade dos membros da sociedade.
Não basta pesquisar e construir teorias para induzir ações transformadoras. Os eventuais resultados terão que ser combinados com um aprendizado social que incorpore elementos de ação coletiva, experimentação social e políticas públicas inovadoras. Os projetos serão estendidos a todos os grupos sociais excluídos a fim de melhor compreender como eles elaboram a construção de conhecimentos e valores nas práticas sociais.
Outro componente importante é a das respostas do poder público às pressões crescentes por participação democrática e a demanda universal pelos direitos da cidadania.
A ênfase no conhecimento e na ação coletivos deve imprimir os rumos dos programas de inclusão social. Ultrapassando o ensino e os estudos fragmentados e setorizados, propomos uma abordagem lastrada no pensamento sistêmico mediante equipes interdisciplinares e o diálogo com os profissionais de outras áreas que devem habilitar os grupos sociais excluídos para a atuação em conselhos, fóruns, grupos de trabalho, parcerias, enfim, em todas as formas de organização social com potencial de mobilizar e motivar o poder público a assumir suas responsabilidades.

RECIFE, 18 DE NOVEMBRO DE 2011.





Manuel Romário Saldanha Neto
MESTRE PELA UFPE
filósofo, arte-educador, agente sócio-cultural
MNU MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO-LGBT
LGBT DE TERREIRO E COMUNIDADE
ALIANÇA LGBT DE PERNAMBUCO
Endereço para acessar Currículo:
http://lattes.cnpq.br/2489286774040948
(81) 3221 6920 - 96473310
JOSÉ ANTÔNIO RUFINO
MESTRE EM TEORIA LITERÁRIA PELA UFPE, PESQUISADOR DO CNPQ,
DOUTORANDO PELO INSTITUDO ÍBERO-AMERICANO DE BERLIM-EM ESTUDOS CULTURAIS,
PEJIGAN DO ILÊ AXÉ OYÀ ORUM BALÉ
ALIANÇA-LGBT DE PERNAMBUCO
MEMBRO DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO-PE
Endereço para acessar currÍculo:
http://lattes.cnpq.br/4743904452968450
(81)94289435 , (81) 85828237
MARY ANNE LIMA LIS

PRESIDENTE DO CEDEESPE (CENTRO DE ESTUDO DESENVOLVIMENTO E DIVULGAÇÃO ESPÍRITA E ESPIRITUALISTA DE PERNAMBUCO)
MEMBRO DA ALIANÇA LGBT DE PERNAMBUCO
MEMBRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DE LGBT COMUNIDADE E TERREIRO.
GRADUANDA DO 8º PERIÓDO DE ADMINISTRAÇÃO PELA FACIPE
PALESTRANTE E DIVULGADORA DA TOLERÂNCIA RELIGIOSA, SOCIAL, CULTURAL, SEXUAL E AMBIENTAL, ESPIRITUALISTA, JUREMEIRA,
ALUNA DO CURSO DE TEOLOGIA DE MATRIZES AFRO, AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PELA UNICAP
.(81)9623-2923 , (81)8839-1844


MARTA ALMEIDA FILHA
COORDENADORA DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO DE PERNAMBUCO
FORUM DE EDUCAÇÃO ÉTINICO RACIAL DE PERNAMBUCO
(81)88231712

BABALORIXÁ JUREMA DA BALÉ
severino josé dos santos.
Artista plástico, intelectual, romancista,
gerente da ONG – Ilê Axé Oyá Orum Balé,
conselheiro social na comunidade Ilha Joana Bezerra e Coque,
Babalorixá e especialista em candomblé.
Ativista afrodescendente de da causa LGBT

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